segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As Mãos de Deus

As Mãos de Deus

Senhor quando observo o campo sem lavrar.
Quando as alfaias de arar a terra estão esquecidas, quando a terra está rachada e abandonada.

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

Quando observo a injustiça a corrupção, o que explora o débil.
Quando vejo o prepotente pedante enrriquecer á custa do ignorante e do pobre do operário, do camponês despido de recursos para defender os seus direitos!

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

Quando contemplo esse velhinho esquecido, quando o seu olhar é nostalgia e contudo gagueja algumas palavras de amor pelo filho, que o abandonou!

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

Quando vejo um moribundo na sua agonia repleta de dor, quando vejo o seu companheiro e seu filho desejando ver terminado o seu sofrimento, quando o sofrimento é insuportável e o seu leito se converte num grito de súplica de paz.

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

Quando esta rapariga, devia sonhar com fantasias e a vejo arrastar sua existência, no seu rosto se reflecte já um asco de viver e procura sobreviver pintando os lábios, cingindo as roupas ao corpo que vai por a venda pelas ruas!

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

Quando aquele rapazinho às três da madrugada me oferece um jornal na sua miserável
caixinha de doces por vender, quando o vejo dormir á porta de um metro a tilintar de frio com jornais ainda por vender, quando vejo no seu olhar que reclama uma caricia, quando o vejo vaguear sem esperança tendo por sua única companhia um cão vadio!

Eu pergunto-me aonde estão as mãos de Deus?

E frente a Ele pergunto-lhe aonde estão as tuas mãos Senhor, para lutar pela justiça, para dar uma caricia, um consolo ao abandonado, resgatar a juventude da droga, dar amor e ternura aos esquecidos da vida;

...Depois de um ar de silencio, - escutei Sua vós - que me recriminou, a vós de Deus, “não entendes
que tu és as minhas mãos, ousa emprega-las para o que foram criadas, para dar amor e alcançar
as estrelas.


Foi então que compreendi que as mãos de Deus somos tu e eu, - os que temos a bondade o conhecimento e a coragem para lutar por um mundo mais humano e justo.

Aqueles que os ideais sejam tão elevados que não possam deixar de acudir á chamada do destino, aqueles que desafiando a dor, a critica e a blasfémia se destinam a si mesmos para ser as mãos de Deus.

Senhor agora eu percebo de que as minhas mãos estão sem encher, que não deram aquilo que deveriam dar, peço-te perdão pelo amor que me deste e que não soube repartir, devo usa-las para amar e conquistar a grandeza da criação, o mundo precisa destas mãos cheias de ideais e estrelas, cuja obra magna de contribuir dia a dia para forjar uma nova civilização, que procura valores superiores que repartam com generosidade o que Deus nos deu e possam chegar ao fim vazias porque terão entregado todo o amor para que foram criadas, e Deus dirá com toda a certeza; essas são as minhas mãos.

Meus caros amigos, pensem um instante, o grande desafio que temos nas nossas mãos, nós as mãos de uma nova geração as mãos de um pais.
Com certeza as mãos do mundo, ousem usa-las as vossas mãos para construir para distribuir
bondade generosidade para dar o amor de Deus.
Usem as mãos de Deus.

Original de: Miguel Angelo Cornego

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